Por: Ronaldo Gomes em 05/2014 - Visitas: 3254
Poesias - ronaldo Gomes
Quem é quem?
(Ronaldo Gomes)
O partido é sórdido.
Mas quem é o presidente?
O presidente é aquele marajá ali,
Cercado de guaritas e guardas
Por mínimo de centímetro quadrado.
E quem tem?
Ter é pura impureza da política impura.
E quem é quem?
Nem Deus distingue,
Nós somos quem somos!
Aqui na ponta do dedo,
Na ponta do lápis,
Na ponta do cume,
Na ponta de tudo.
Nem tudo se presume que seja quem aparenta ser,
Nas fábulas políticas, a cabeça dói,
Não entende,
Contraria a verdade;
Que verdade?
Nós somos quem somos.
E Deus? ...
O caminho é eterno.
Mas há quem renegue a estrada mais curta,
Eu prefiro o caminho mais longo. Enfim!
Quem sente o que sinto...
Não se engana com as inverdades,
A verdade está na alma.
O sabor adocicado dos lábios incivil,
Não nos posta nada, ele é oco,
Oco como o bambu chinês.
Meu termo é fim, fim de que o maquiavelismo
Seja desarraigado da política impura.
Censura nunca mais! Pizzas não, nunca mais!
Nunca, nunca...
TREVAS NA NOITE
(Ronaldo Gomes)
As trevas mergulhavam na noite,
Um lobo uivava para a noite,
Meus olhos corriam,
Loucos, ferozes... Na noite.
No azulejo frio do banheiro
Minha alma soluçava,
Meu sexo devoto,
Procurava seu corpo profano,
Seus beijos ardentes, profanos,
Seus abraços apertados, profanos,
Procurava você.
Queria você.
Na vitrola uma velha canção de amor,
Na taça um vinho do porto,brinde ao tempo
Que não me esquece.
Lá fora um galo cacarejava na noite.
Uma coruja voejava na noite, na minha janela.
O pensamento voava nas veias da noite,
Tão gélido,
Tão turvo,
Tão inocente,
Oh! Senhor!
Tão entregue ao sono profundo,
Só o silêncio entranhado na noite.
Prazer sem dor,
Um corpo preso a um amor quimérico,
Um corpo preso na química da noite,
Preso na alma,
Na solidão,
Nas mentiras da imaginação.