Por: Carlos Eugênio em 05/2014 - Visitas: 2549
Carlos Eugênio
Nasci no Natal de 1964, sob o signo da poesia, com ascendente nas entranhas da música. Uma casa no Coroatá (Picos, PI) foi o abrigo que recebera o futuro poeta de poucas escritas não publicadas. Cresci entre gados e aves e bananeiras e campos e enxadas e pastos e lenhas e fogueiras e festas e ancas de água buscadas na fonte. Lá fiquei até os treze anos. Mudei-me pra Picos, outras lições de poesia, menos lúdicas, já que o meu canto pastoril foi a lira a embalar os primeiros rompantes de poesia oral, mesmo nas pueris conversas de menos intencionalidade literária.
Aos vinte e dois anos, fui para Teresina, cursar Letras, na UESPI. Outra poesia. Outro universo. Foi um período de autocrítica. Rasguei meus rabiscos adolescentes, como se um gesto de adeus pusesse um fim numa relação infinita. O estudo de Crítica Literária não encontrava espelho no que eu escrevia. Crescia em conhecimento e perdia a pureza dos primeiros versos, só agora resgatada.
Vim para Brasília em abril de 1992. Aqui estou. Na "Poesia de Oscar", como diz o Poeta Vilebaldo Nogueira Rocha. E estou como quem encontra parte da sua alma e da sua poética, sempre buscada. Aqui sou tão Nordeste quanto sempre fui. Mais Piauí do que quando aí estava e sonhava com o mundo.
Sou professor da rede pública aqui. A Literatura me persegue. Ou eu a persigo, ainda que nunca a alcance em sua inteireza, mas tento. Sempre.
Ainda não tenho livros publicados. A escassez não me permite. Ou a timidez...Sei lá!!!
Meus versos iniciais são de uma tônica dramática, quase teatral. Amadureci e busquei a musicalidade do verso, da palavra. Hoje, alguns dos meus poemas antigos foram musicados por parceiros e vários outros endereçados a outros. Futuramente, teremos uma compilação desses escritos (poemas e letras de músicas). Vamos aguardar. A arte não exige pressa...