Por: Nonato Fontes em 05/2014 - Visitas: 9304
Cabeça de cuia
A lenda do cabeça de cuia é originária do Piauí, pois foi criada por essa gente. Sua localização consta ser das margens do rio Poti, onde residia a família do Crispim, somente ele e sua mãe.
Como conta a história, Crispim que fora transformado em cabeça de cuia, tinha um nome. Já sua mãe ficou na história conhecida apenas como mãe do Crispim. Segundo a lenda, Crispim e sua mãe eram muito pobres e viviam passando por muitas dificuldades.
Crispim vivia sempre a maldizer-se da vida que tinha, enquanto sua mãe pedia que tivesse calma, pois quanto mais queixasse da sorte, mais ela se revoltava contra ele. Não se contentando com os ensinamentos da mãe terminou por culpá-la do azar que a vida lhe deu. Certo dia saíra bem cedo para pescar, como não encontrara nenhum peixe, resolveu voltar para casa. Já estava bastante revoltado com tudo aquilo quando viu a sua mãe com um prato, contendo apenas um pouco de caldo e um osso, na sua direção, pegou e perguntou se era somente aquilo que ela tinha para oferecer, respondendo a mãe que sim, ele agarra o osso e parte em sua direção desferindo várias pancadas na sua cabeça até derrubá-la, ainda agonizando, ela resolve rogar uma praga contra o filho dizendo: Filho ingrato, serás amaldiçoado, andará pelas águas sem destino, correndo como um louco. Serás sempre abandonado, não conseguirá nada do que desejas, viverás assim para sempre. Ao ver sua mãe morrendo, Crispim sai como louco e mergulha nas águas do Poti, segundo a lenda ele nunca mais saíra. Daí em diante passou a aparecer como um monstro com uma enorme cabeça parecida com uma cuia. Vive a atacar mulheres lavadeiras e banhistas entre os rios Poti e Parnaíba, ainda dizem que tenta afundar embarcações que passam pelos rios. A lenda diz que para a maldição de Crispim ser desfeita ele deve devorar sete virgens chamadas Maria. Porém jamais conseguira se quer uma. E assim ficou para sempre como mais uma lenda do folclore brasileiro chamado, CABEÇA DE CUIA.
LENDAS SOBRE RIOS:
Segundo os mais velhos, que me contavam, principalmente aqueles que residiam às margens do Rio Guaribas na cidade de Picos, quando eram épocas das cheias, às vezes na madrugada o rio Gemia, era mais uma vítima de sua enxurrada que estava para aparecer. Pois, como diziam eles, o rio está chamando mais um afoito. De tanto ouvir isso na minha infância, passei noites em claro tentando escutar o gemido do Guaribas velho, porém foi em vão, mas não deixo de acreditar nas coisas que os velhos diziam sobre os rios, principalmente uma, que água não tem cabelo.
Quem quiser que conte outra ou que fique sem nenhum!