Por: Nonato Fontes em 08/2014 - Visitas: 8417
Me causa tamanha tristeza ao ver e ouvir de muitos artistas, ou prozadores, a falsa impressão sobre as danças folclóricas, e também nossas cantigas de rodas. Das danças folclóricas, justificam, ou tentam justificar a necessidade de atualização, deixando crer que querem apagar de uma vez por todas da mente dos nossos jovens o termo folclore. Nas cantigas de rodas, já existem por aí até cd's e dv's lançados que destonam, desfazem das letras das cantigas folclóricas. Para isso, as acusam de terroristas, deixando nossas crianças traumatizadas.
Nada contra o pensamento alheio, apenas coerente. Não necessitamos apagar da história o folclore, precisamos, sim, de uma reaproximação com ele. Fazendo com que os elementos constituidores do folclore, seja conhecido em toda a sua cultura, não podemos conhecer as culturas diversas do nosso povo, sem colocar na mesa suas crenças folclóricas, e para isso, somos obrigados a repassar para as novas gerações sem mácula, sem terrorismo, sem cortes, apenas, se necessário, fazer umas ressalvas, não umas mudanças, para que nossas crianças aprendam o certo e o errado, e nas danças folclóricas podemos encontrar material suficiente para nos divertir e aprender ao mesmo tempo.
Sabemos que três elementos básicos contribuíram para a formação da cultura folclórica brasileira. Mas Quais foram eles?
O folclore do Brasil, sem sombra de dúvida, é riquíssimo. Sendo um dos mais ricos do mundo, contribuíram para sua formação, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano. Estes três povos constituíram, podemos dizer assim, as raízes de nossa cultura.
Danças folclóricas brasileiras:
As danças folclóricas brasileiras são fruto da união de três culturas - a indígena, a negra e a européia.
Um dos elementos comuns entre as danças é o cortejo, originário das procissões jesuíticas e dos cortejos dos africanos.
Entre as principais danças folclóricas, podemos citar os pastoris (lapinha e pastoris), as cheganças (marujada ou fandango, chegança de mouros), os reisados (bumba-meu-boi ou boi-bumbá), o maracatu, a dança dos caboclinhos, o coco, o cateretê, a ciranda, a congada e as festas como a do Divino Espírito Santo, as festas juninas e o próprio carnaval.
Lendas:
As lendas são outra parte interessante do nosso folclore. Graças às lendas indígenas e africanas e também às fábulas, nosso folclore permanece vivo até hoje.
Entre as principais lendas folclóricas, temos: a bruxa, o zumbi, a cuca, o curupira ou caipora, o boi-tatá, o barba ruiva, o Saci-Pererê, o negrinho do pastoreio, a lenda da mandioca, a mula sem cabeça, a lenda da vitória regia, da mãe-d'água ou iara e a lenda do boto, o sexto filho homem (Vira lobisomem).
Ainda dentro deste assunto, não podemos deixar de falar das crendices e superstições populares. Algumas continuam bem presentes nos dias de hoje:
Derramar pó de café é zanga na certa;
Colher caindo no chão é visita de mulher;
Agouros como o número 13, a sexta-feira, e o gato preto, passar por baixo de escada.
O homem sempre procurou aliviar seus males apelando para as qualidades terapêuticas de certas plantas consideradas medicinais, costume herdado dos antepassados dos nossos antepassados.
E mesmo com o progresso tecnológico da indústria farmacêutica, os laboratórios ainda continuam usando as mesmas plantas (raízes, folhas, tubérculos e frutos) na fabricação da maioria dos remédios consumidos nos quatro cantos do mundo. E tanto é assim que a Suíça e outros países sempre importaram plantas medicinais brasileiras que, após sua industrialização, nos são devolvidas em forma de medicamentos vestidos com bonitas embalagens, fazendo um dueto entre medicina e o folclore.
Quem não tem cão caça com gato (Se não pode ser assim tenta de outro jeito).
Da pá virada (Não serve para nada)
Nhenhenhém (Conversa mole sem fundamento)
Entender patavina (Não entender nada)
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